Secretária da saúde visita unidades municipais e parceiros da prefeitura. Num primeiro momento houve entendimento de que ela estava perseguindo e constrangendo os médicos, no final de que houve um mal-estar

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A secretária da Saúde da Prefeitura de Sorocaba, Marina Elaine Pereira, mudou a prática dos seus antecessores e tem visitado sistematicamente as unidades públicas de saúde.

Ela foi recebida em um café da manhã (foto) pelo padre Flávio Jorge Miguel Júnior, gestor da Santa Casa de Sorocaba e o tema, obviamente, foi o de sempre: a relação entre as partes, onde a prefeitura dá o dinheiro e a Santa Casa presta o serviço de saúde ao sorocabano. A gestão do padre Flávio a frente da Santa Casa, que começou na gestão do prefeito Crespo, só recebe elogios. É uma unanimidade o trabalho que ele vem fazendo, ao menos, publicamente. Um ato da secretária totalmente elogiado.

Por outro lado, sua visita a Unidade Pré-Hospitalar e Policlínica não estão sendo interpretadas na mesma maneira. Há quem veja invasão da privacidade do profissional (médico) e seu paciente, como a vereadora Iara Bernardi (PT) que entende que esse ato da secretária constrange ao médico e ao paciente. Salatiel Hergezel, na página do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, afirmou que a secretária ficou espiando pela fechadura a consulta que um médico dava ao seu paciente. Um outro chegou a dizer a secretária foi truculenta.

Mas publico relato de uma pessoa a respeito da visita de Marina Elaine na UPH da Zona Norte: “Oi Deda, apurei aqui. Um pouco se deveu à inexperiência da secretária. Ela estava abrindo as portas após dar uma ou duas batidas. Como o médico estava atendendo, ela falou: sou a secretária. O médico não entendeu que fosse a secretária da saúde, mas a secretária que atende quem chega na unidade e a deixou entrar. A secretária perguntou ao paciente: o sr. está sendo bem atendido e etc e tal. Como ela não conhece o funcionamento dos serviços, ficou questionando alguns colegas sobre os atendimentos. Acho normal que a secretária faça isso. Só acho que ela deveria ter alguém para explicar para ela como funciona, etc, a rotina de uma unidade de saúde. Então, apesar da atitude da secretária ter assustado, conforme relato do primeiro médico, o segundo médico, que estava na sala, não pareceu ter se sentido constrangido, apesar de ter achado estranho. Acho que o desconhecimento da pasta e a necessidade de se impor acrescida da inexperiência acabou criando um mal-estar entre a secretária e os médicos. Mas não parece ter sido algo deliberado (como perseguição). Mas causou esse efeito inadvertido”.

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