Sorocaba, o paraíso das gráficas das campanhas eleitorais presidenciais desde 2010

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O ministro Gilmar Mendes, vice-presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), com base em relatório técnico elaborado pelo Fisco Paulista, detectou irregularidades em empresa contratada pela campanha de 2014 da presidente Dilma Rousseff e pede que o Ministério Público investigue a empresa, com nome de Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME. Ela foi aberta em agosto de 2014 (a dois meses da eleição) e entre agosto e setembro emitiu notas fiscais no valor de R$ 3,683 milhões. Deste valor, R$ 1,651 milhão foi emitido em nome da campanha presidencial petista. O contador da empresa esclarece que para não perder os benefícios fiscais do Simples, da empresa mãe, foi criada a Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME. O coordenador jurídico da campanha de Dilma explica que não há irregularidade alguma e que as contas da campanha foram auditadas e aprovadas pelo TSE.

Os petistas reagiram na mesma hora (embora sem o respaldo da grande imprensa) e divulgaram a informação veiculada em dezembro do ano passado, onde a empresa Marcelo Martins ME, segundo as contas apresentadas à Justiça Eleitoral, recebeu R$ 1,4 milhão entre os dias 31 de julho e 19 de setembro de 2014, por publicidade em placas, estandartes e faixas. A microempresa foi constituída em julho deste ano, mesmo mês em que iniciou a emissão de faturas para a campanha de Aécio.

Me lembro que em 2010, outra empresa da mesma natureza de prestação de serviços gráficos, chamada Soroimpress foi a fornecedora da campanha de Lula e de Sérgio Cabral, então candidato a governador do Rio de Janeiro. E assim como a Angela Maria do Nascimento Sorocaba-ME e Marcelo Martins ME, a Soroimpress também ficava em Sorocaba. Aliás, a Soroimpress ainda é alvo de investigação federal. Recentemente um político sorocabano foi chamado para dar explicação sobre o seu desempenho.

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