Visivelmente nervoso, prefeito volta a agir como vereador ao chamar funcionários do Banco do Brasil de vagabundos e incompetentes e creditar a “forças ocultas” a decisão do Ministério das Cidades de impedir a inauguração do Carandá

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Crespo

Prefeito mostra documento para “provar” que a culpa é do Banco do Brasil pelo atraso na inauguração do Residencial Carandá e não dele que impôs a data e se vê escravo dessa decisão

A roupagem de vereador não sai de Crespo e durante nova entrevista coletiva na manhã de hoje ele volta a enfrentar os problemas da sua administração no grito. Acontece ele é o prefeito, aquele escolhido para resolver e não apontar culpados. E no imbróglio envolvendo o Ministério das Cidades, que não autoriza a entrega oficial do Residencial Carandá, Crespo não fez questão alguma de esconder sua frustração, irritação e bastante nervoso partiu para os ataques.

Relato de Rubens Maximiliano, da equipe do Jornal Ipanema, informa que Crespo creditou a forças ocultas as informações distorcidas que chegaram ao Ministério das Cidades. O último político a usar este termo foi Jânio Quadros quando renunciou à presidência da República abrindo caminho para Jango Goulart (visto como de esquerda do ponto de vista ideológico) assumir o que não aconteceu devido ao que ficou conhecido na história como o golpe do Regime Militar.

Ainda segundo relato de Rubens Maximiliano, da equipe do Jornal Ipanema, Crespo classificou o Banco do Brasil de incompetente. E, mais, chamou os funcionários do Banco do Brasil de São Paulo de vagabundos e que os engenheiros do Banco do Brasil não trabalham nem segunda e nem sexta. Chamou os engenheiros do Banco do Brasil de covardes, pois disseram que não virão na sexta feira para vistoriar os apartamentos.

Crespo disse que acionou o ministério público para pressionar o Banco e quer que o promotor Jorge Marum entre com uma ação contra o Banco do Brasil.

 

No estilo da porrada, no berro, decidiu levar um dossiê ao ministro das Cidades, Bruno Araújo, denunciando o Banco do Brasil e tentando convencer o ministro que ele foi enganado pelo Banco do Brasil para autorizar a nota que desautoriza a inauguração do residencial Carandá.

 

Enquanto tratou essa questão como mal-entendido, Crespo atendia ao protocolo do que a comunidade deseja do comportamento de um prefeito. Mas ao abusar de adjetivos (vagabundos e incompetentes) ele fica um patamar ainda mais abaixo da imagem de descontrolado que está sedimentando para si. Deixa a impressão que ao ser contrariado não poupa um atrito.

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