Apenas quando virou notícia, médica se deu conta da complexidade e gravidade do processo que estava enfrentando na justiça. E eu acredito nela. Vivi algo bastante parecido

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janynecrespo

A grande pergunta em torno desse imbróglio envolvendo a médica Janayne Andréa Marques de Farias Maffeis é o motivo dela não ter dito ao prefeito eleito José Crespo que era alvo de ação de improbidade administrativa, mais que isso, que estava condenada.

O fato é que ela não tinha idéia da complexidade e gravidade da sua situação. O seu advogado sempre disse que ela tinha condições de reverter essa realidade e deu grandes esperanças a ela quando o Tribunal de Justiça retirou da condenação em 1ª instância em Sorocaba o pagamento de multa financeira. O advogado sempre lhe informou que tudo ficaria bem e ela sempre acreditou.

Ingenuidade? Sim. E desafio quem não tem familiaridade com a lei a se dizer imune a isso. Durante 7 anos foi prestador de serviço do jornal Bom Dia não como contratado via CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), com a carteira assinada, mas como PJ (Pessoa Jurídica) onde tinha uma empresa. Mesma situação da médica Janayne quando sua empresa venceu licitação em Araçoiaba da Serra. Pois bem, há 4 anos pago uma dívida monstro com a Receita Federal em razão de impostos sonegados por mim, mesmo achando que estava fazendo tudo certo. Obviamente que descobri isso quando tive bens bloqueados e ai fui resolver a situação. Por isso, repito, acredito sim que Janayne não tinha idéia do tamanho e dimensão do problema onde ela está envolvida por ignorar o que é ser uma pessoa-empresa.

Meu desejo é que Janayne tenha força e apoio para se reerguer diante dessa decisão imposta pela Justiça. Isso será necessário, afinal diante dos fatos expostas a opinião pública julga sem dó. Imagino que filhos, marido e amigos estejam sofrendo junto com Janayne, afinal ela é condenada.

Quanto ao Ministério Público e Justiça no caso da Janayne, não há reparo a fazer. Na impessoalidade da aplicação da lei. Assim a lei fosse aplicada a todos. No meu caso, igualmente, aos olhos frios da lei, também errei. Toda e qualquer justificativa e ingenuidade (minha e Janayne) é subjetiva demais para ser levado em conta. Na prática, quem não cumpre a lei obteve alguma vantagem. Pena que o MP não atue para verificar as relações trabalhistas, sua competência faz falta para coibir que situações como essas (Janayne e minha) avancem a ponto de jogar a vida de pessoas do bem no olho do furacão.

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