Cercado de mistério e zumzumzum de que o prazo havia expirado e o prefeito Crespo não havia entregue sua defesa à Comissão Processante aberta pela Câmara dos Vereadores para investigar denúncias de irregularidades na Lei do Voluntário, os advogados do prefeito protocolaram a defesa antes do prazo para ele se manifestar, que se encerrou às 18h de quinta-feira.
Ao contrário da vice-prefeita Jaqueline Coutinho, que pediu para ser inocentada das acusações, a defesa do prefeito pede o arquivamento da Comissão Processante por vícios jurídicos: 1) a denúncia é baseada numa CPI onde o objeto de investigação não é o prefeito; 2) a denúncia onde a Comissão Processante é uma CPI que não conseguiu demonstrar provas para a tese de que houve irregularidade; 3) coloca sob suspeita a participação do vereador Hudson Pessini, namorado da vice-prefeita, na votação e relatoria da comissão contra o prefeito, anexando documentos e falas dele em plenário, em 2018, se negando a votar por suspeição, seria parte interessada naquele momento, afirmando que segue como parte interessada na cassação do prefeito, uma vez que sua namorada seria diretamente beneficiada.
O setor jurídico da Câmara analisa hoje a defesa e, na próxima segunda-feira (20), a Comissão Processante se reúne para decidir se acata o pedido ou não.
Se os membros da Comissão acatarem o arquivamento, o pedido ainda precisa passar pelo Plenário. Se não for acatado, os vereadores Silvano (presidente), Hudson Pessini (relator) e Rafael Militão, que tem 90 dias para apresentar o relatório final, seguirão fazendo oitivas para tentar esclarecer a participação do prefeito no caso.
Em sua defesa, o prefeito nega irregularidades e argumenta que ele não teve envolvimento nas supostas denúncias.