Em que pese os testemunhos e opiniões de leitores deste blog na minha postagem (Eleição para membros do Conselho Tutelar vira guerra política e de poder religioso na cidade), o promotor público, Orlando Bastos Filho, membro do Ministério Público de Sorocaba, que foi fiscal da eleição e é da apuração – que seguirá até a quinta-feira que vem, dia 15 de outubro – me disse que “não há qualquer possibilidade de fraude ou desrespeito à vontade do eleitor” na eleição de domingo passado para os novos membros do CT (Conselho Tutelar) de Sorocaba. Ele foi enfático e disse: “Nada indica menor hipótese de anulação. A possibilidade é zero, ao menos pelo MP”. O promotor reconheceu que o processo de eleição foi “precário”, mas é taxativo ao dizer que foi uma eleição com “tudo legítimo, público e honesto”. Por fim, o promotor fez a seguinte avaliação: “Fiscalizamos cada momento da eleição. Houve muitas dificuldades logísticas. A lei federal, como de costume, passou competências aos municípios, sem o correspondente apoio material e pessoal. Os envolvidos são heróis.”
Das 43 manifestações de leitores feitas à minha postagem, pincei a de Danielle Almeida, estudante da Fadi Sorocaba, para registrar que o olhar do eleitor comum não foi o mesmo do que o do promotor a respeito do processo da eleição ao CT: “Estava proibido boca de urna e isso foi feito, inclusive por vereadores; Estava proibida a formação de chapas e também foi feita; Estava proibido o transporte coletivo de eleitores ao local de votação e isso por mais inacreditável que pareça também foi feito. Todas estas ilegalidades, infelizmente, foram cometidas por membros e líderes de algumas religiões! Simples assim!”.
O que faz que um mesmo evento seja avaliado de maneira tão diferente?
Deixo a reflexão com os leitores.