Braço direito do prefeito será o candidato do PSDB à prefeitura de Sorocaba. E seu trunfo hoje é o mesmo argumento que afastou ele da disputa há dois meses

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O deputado federal Vitor Lippi (PSDB) escolheu o programa O Deda Questão na ITV (canal 24 da NET) em fevereiro passado para dizer que não iria concorrer ao cargo de prefeito na eleição deste ano. E novamente foi em O Deda Questão, desta vez no Jornal da Ipanema (FM 91,1Mhz), que escolheu para revelar que no sábado de manhã o partido chegou ao consenso de que caberá ao ex-secretário de Governo da Prefeitura de Sorocaba, João Leandro da Costa Filho, ser o candidato do partido nas eleições de outubro.

João Leandro é assessor de Pannunzio há vinte anos e desde que o prefeito anunciou que não iria disputar a reeleição era o nome favorito para concorrer. A expectativa de que o candidato fosse primeiramente Lippi e em seguida a deputada estadual Maria Lúcia Amary fez com que se alongasse o processo de escolha. A unanimidade formada em torno do presidente da Câmara, José Francisco Martinez, enroscou na escolha do vice. Diante da divergência a respeito de quem deveria ser o vice, Martinez decidiu declinar da disputa. Essa é uma história muito recente que, passada a eleição, seja qual for o resultado, terá de ser contada. Mas o fato é que a divergência em torno do nome do vice fez Martinez dizer não à sua candidatura.

Questionei Lippi no programa de hoje sobre essa mudança de posição uma vez que o nome de João Leandro havia sido vetado por ele e por Maria Lúcia, inclusive para ser o vice de Martinez. Com habilidade, Lippi explicou que no primeiro momento eles disseram não ao nome de João Leandro por ele ser o mais próximo do prefeito Pannunzio e o fato do momento econômico do Brasil ter provocado o sacrifício de todas as prefeituras do Brasil, incluindo Sorocaba, fez com que isso tivesse um impacto no eleitor de desaprovação. Mas com o tempo passando, a mudança do comando do Brasil, a situação econômica se estabilizando com o afastamento do PT do poder já há 50 dias o que o partido entendeu é que o nome da pessoa mais próxima do prefeito (que tem todos os dados, números e fatos da prefeitura na ponta da língua para ser usado em qualquer debate ou entrevista) era o mais adequado. Em resumo, o que acabou sendo um trunfo de João Leandro neste momento era o que não agregava a ele há dois meses, quando a turbulência nacional mais influenciava na vida das cidades.

Esta é a história oficial. O que há de vaidade, insegurança e disputa de poder pessoal dentro do partido faz parte do rol que recheia os bastidores políticos da cidade.

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