A tragédia de Mariana (que aniquilou o distrito de Bento Ribeiro e o ecossistema daquela região até a divisa com o Espírito Santo) em Minas Gerais me despertou para a necessidade de Sorocaba checar a qualidade das barragens que cercam a cidade, seja a de água em Itupararanga ou de dejetos de minérios da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) em Mairinque. Ao falar disso na coluna O Deda questão na rádio Ipanema, na segunda-feira passada, o engenheiro José Dias Batista Ferrari que comandou a Cetesb na década de 90 se manifestou ao vivo para dizer da preocupação do órgão, naquela época, com a qualidade da barragem.
Na quarta-feira foi a vez do vereador Carlos Leite (PT) também associar a tragédia de Mariana com a necessidade de se verificar a situação da barragem da CBA e protocolar representação no Ministério Público pedindo que o órgão investigue as condições da referida barragem e que seja averiguado se os órgãos competentes estão fazendo as fiscalizações necessárias.
O chefe da Defesa Civil da Prefeitura de Sorocaba, Roberto Montgomery, informou que a CBA faz acompanhamento sistemático das barragens e acredita que apenas uma tragédia natural de grandes proporções (como um terremoto) coloca em risco a segurança das barragens. A CBA mantém uma equipe de engenheiros acompanhando a qualidade das barragens.
Do Ministério Público se espera uma resposta sobre licenciamentos e alvarás de funcionamento e um atestado de que o que é possível ser feito está para se ter certeza da segurança das barragens que cercam a cidade.