Apenas o pré-candidato do PMDB à prefeitura de Sorocaba não ignora o massacre terrorista e homofóbico nos Estados Unidos

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Enquanto cidades e governos ao redor do mundo prestam solidariedade às famílias das vítimas do massacre de Orlando (Flórida, Estados Unidos), onde estão confirmadas 49 mortes de pessoas que estavam dentro da boate Pulsa de características LGBTs, em Sorocaba o tema é ignorado pelo prefeito Pannunzio e por 7 dos 8 pré-candidatos a prefeito.

A impressão é que este tema é do governo brasileiro e não de cada cidadão ou que a homofobia é um tema distante de Sorocaba e seus cidadãos. Não são.

Este massacre é o maior da história da humanidade contra LGBTs pelo que se tem notícia. Portanto, que o fato da maioria ignorar o tema não seja por causa da pressão  da bancada evangélica, que ganha cada vez mais espaço na política brasileira. Neste momento, em especial, de grande massacre, o que pesa mais é o combate ao preconceito que, sabemos, mata todo dia. Senão tirando a vida como este horror em Orlando, pelo menos em humilhações e discriminações silenciosas.

Quando dou espaço para grupos sorocabanos pró-Bolsonaro (o deputado que em mais de um oportunidade se expos como homofóbido e ganha adeptos continuamente) se mostrarem e para coletivos Anti-fascistas de Sorocaba também se posicionarem nesta luta contra a homofobia é porque entendo que este tema é tão vivo e presente na vida de cada um de nós que não se pode ignorá-los. É um tema que não tem fronteiras e é sim caro a cada um de nós.

Em Sorocaba

Com exceção de Renato Amary, pré-candidato à prefeito de Sorocaba pelo PMDB, nenhum outro dos pré-candidatos se manifestaram. Uso a rede social Facebook para fazer minha afirmação.

No domingo, dia do massacre, às 19:19, Renato postou: “O atentado em uma casa noturna em Orlando que vitimou em torno de 50 pessoas demonstrou mais uma vez dois elementos que precisam ser seriamente combatidos: o terrorismo e a homofobia. O assassino uniu esses dois fatores e alimentado pelo extremismo executou a barbárie. Nossa solidariedade às vitimas, ao povo americano e a eterna indignação de quem repele qualquer forma de preconceito ou radicalismo”.

Nem o PT

Glauber Piva, pré-candidato a prefeito pelo PT, no domingo preferiu relatar sua visita à Feira da Barganha e nesta segunda-feira se ateve a aumentar as críticas que faz Eduardo Cunha, o presidente afastado da Câmara, e relata sua tristeza pelo papel pífio da seleção brasileira na Copa América.

Nem Laerte

Laerte Molleta, pré-candidato a prefeito pelo PEN, usou o face para mostrar algumas de suas idéias para mudar Sorocaba, caso venha a ser eleito.

Nem Godoy

O vereador Hélio Godoy, pré-candidato a prefeito pelo PRB, faz novas críticas ao governo Pannunzio e foca na enchente no bairro Vitória Régia.

Nem Raul

Raul Marcelo, pré-candidato a prefeito pelo PSOL, também não toca no assunto. Até às 19h45 de hoje (13/06) sua última manifestação no face havia sido no dia 11 e tratava de sua participação no ato Fora Temer de Sorocaba.

Nem o PSDB

Vitor Lippi, Maria Lúcia Amary e João Leandro, os três pré-candidatos a prefeito de Sorocaba pelo PSDB, ignoraram também o massacre e trataram de assuntos caseiros em suas páginas nas rede social. Lippi fala dos 113 anos do Cruzeiro do Sul, Maria Lúcia sobre a solenidade dos 70 anos do Secovi na Assembléia Legislativa e João Leandro relata os avanços da Guarda Civil Municipal durante o tempo em que ele esteve na pasta de Segurança Comunitária.

 

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