Diretor de multinacional francesa que vende sistema, equipamento e serviço para o VLT em todo o mundo revela que o mercado internacional e nacional está de olho na implantação desse modal em Sorocaba. Mas faltam informações

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Quando a Urbes (empresa que gerencia o trânsito e o transporte de Sorocaba) conseguiu perante à Jucesp (Junta Comercial do Estado de São Paulo) que fosse incluída em seu CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) a operação municipal do transporte ferroviário de passageiros e também a operação na Região Metropolitana, o mercado sentiu que a intenção da implantação do VLT em Sorocaba, um dos projetos de governo do prefeito do Crespo, é para valer.

Cristiano Saito, diretor de Desenvolvimento de Negócios da Alstom para a América Latina (empresa francesa que fornece trens ao metrô de São Paulo e opera o VLT do Rio de Janeiro) foi o entrevistado na coluna O Deda Questão no Jornal Ipanema (FM 91,1Mhz) na manhã de hoje e revelou que o mercado nacional e internacional está de olho em Sorocaba. “A modelagem de negócio que a prefeitura de Sorocaba pretende oferecer, com a intenção de usar a malha do ramal ferroviário já existente na cidade, é muito interessante, pois otimiza custos”, explicou ele. Mas, fez uma ressalva, “por enquanto o mercado está atento e tentando entender o que Sorocaba deseja e o que vai oferecer”.

A intenção

Sorocaba assinou o contrato do BRT (transporte de ônibus de maneira rápida), e mantém viva a intenção do VLT, e assim como Saito, a comunidade também quer entender o que vai acontecer.

O prefeito Crespo já disse que “o VLT fará parte da discussão sobre a mudança das escolhas de mobilidade dos cidadãos graças a serviços de mobilidade partilhados, tecnologias e tendências sociais emergentes, os impactos dos sistemas multimodais para o planejamento e o desenvolvimento de um plano de mobilidade sustentável e o case do VLT do Rio de Janeiro, fornecido pela Alstom à cidade maravilhosa”.

A ideia, reforçou o prefeito, “é cumprir a promessa de campanha e implantar o metrô de superfície em Sorocaba, aproveitando a ferrovia já existente, desde Brigadeiro Tobias até George Oetterer. O VLT, juntamente com o BRT, vai permitir agilidade no transporte de passageiros e é uma das alternativas para a mobilidade urbana na cidade”.

O custo

O que a sociedade deseja, e isso ainda não foi esclarecido, é saber de onde virão os recursos e qual o planejamento de sua implantação de modo que haja segurança de que o sistema de transporte público não entre em colapso. Mas ainda não há essa explicação. Apesar disso, o prefeito Crespo “está muito entusiasmado com essa nova conquista. É um ganho significativo para todos os sorocabanos. Além de ser uma opção a mais para a locomoção e integração de sistemas”, revela a secretaria de Comunicação.

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