Ao menos dois fatos ocorridos na semana passada são vistos e interpretados como sendo o que darão os votos suficientes para o prefeito Crespo salvar o seu mandato.
O primeiro deles, noticiado pelo repórter Marcel Scinocca, do jornal Cruzeiro do Sul, de que a Justiça indeferiu o pedido do promotor Orlando Bastos Filho, do Ministério Público em Sorocaba, para suspender os salários do secretário Hudson Zuliani e do servidor Edmilson Chelles Martins, ambos afastados da função em razão da Operação Casa de Papel. A decisão, tomada na quinta-feira (dia 25), do magistrado Leonardo Guilherme Widmann, afirma que no caso está ausente justa causa para a propositura da ação de improbidade administrativa, “inexistindo nos autos início de prova, ainda que indiciária, a denotar a prática de atos de improbidade administrativa pelos réus, baseando o autor suas pretensões apenas em ilações”.
Ou seja, para o juiz, há fatos que são indiciários, mas não iniciais, de crime do secretário e do servidor apontados na Operação Casa de Papel.
O segundo deles: A vice-prefeita, Jaqueline Coutinho foi convidada pelo prefeito Crespo e participou da reunião com todo o seu secretariado, na tarde desta sexta-feira (26 de julho). Em pauta, segundo a assessoria do prefeito, “questões pertinentes ao bom andamento da administração municipal como melhoria no relacionamento entre secretarias, recomendação para continuar a gestão criativa e de absoluto controle sobre as despesas, visando sempre o princípio da economicidade e, ao mesmo tempo, apresentar um pacote de atividades que serão realizadas ao longo do mês de agosto por conta do aniversário de 365 anos de Sorocaba, comemorado em 15 de agosto”.
Ou seja, ao contrário da cassação de 2017, dessa vez a vice está no seu canto, longe de qualquer articulação para cassar o mandato do prefeito.
Mas, como disse o juiz em sua sentença, indicativo é apenas indicativo, não é certeza de nada.