A relação entre o presidente da Câmara de Vereadores de Sorocaba, Rodrigo Manga, e o prefeito Crespo, ambos do DEM, está azeda – adjetivo usado por pessoa muito próxima ao prefeito.
Manga me disse hoje, dois dias após sua entrevista na coluna O Deda Questão no Jornal da Ipanema (FM 91.1Mhz), que ainda não conseguiu conversar com o prefeito.
Para Crespo, o que pega, é a falta de lealdade de Manga como presidente da Câmara na sessão em que a Mesa Diretora da Câmara aceitou fatiar a denúncia feita pelo assessor do vereador Renan dos Santos (PC do B) para a criação da Comissão Processante que analisa a ruptura entre o prefeito e a vice. E, mais que isso, nesse fatiamento (de aprovação com maioria simples, ou seja 11 votos) o presidente ter votado quando a regra diz que ele só vota quando se exige a maioria absoluta, ou seja 14 votos.
Manga disse que ouviu falar que o prefeito pensa em entrar na justiça apontando que a Comissão Processante foi criada em sessão que não cumpriu o rito, uma vez que o pedido inicial do assessor do vereador comunista era o afastamento do prefeito e criação da comissão. Para estar conforme a lei seria necessário um novo pedido, só com a criação da comissão, e que a Mesa não teria poderes para fatiar como fez. Perguntei se ele, como presidente, reconhecia este erro e iria, ele próprio, pedir que fosse cancelada aquela sessão e feita outra. Sua resposta foi curta: eu não.
Se não vai fazer nada, significa que Manga assume que forçou a criação da Comissão Processante, me conta pessoa próxima ao prefeito. Por isso, o prefeito demitiu os indicados por Manga (leia a próxima nota).