Entre os ouvintes do Jornal da Ipanema, aumenta o apoio à aprovação da Reforma da Previdência. Há 1 mês os contrários eram maioria, hoje houve empate durante entrevista com deputado federal sorocabano que defende a aprovação

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EuVLA audiência do Jornal da Ipanema (FM 91.1Mhz) é seguramente uma das mais qualificadas do rádio e uma amostra do estrato social (classificação das pessoas em grupos com base em condições socioconômicas comuns) da Região Metropolitana de Sorocaba. Os ouvintes vão de empresários a trabalhadores e de jovens a idosos.

E quando o assunto em debate – como o de hoje com o deputado federal Vitor Lippi durante a coluna O Deda Questão – atinge de maneira prática a vida de cada um, como é o caso da Reforma da Previdência, o nível de participação dos ouvintes cresce de maneira acentuada.

Hoje, ao final da entrevista, o que se verificou foi um equilíbrio demonstrando uma divisão bastante equivalente dos que se mostram a favor da Reforma da Previdência e os que são contrários, ou seja, comparado ao último debate, há cerca de um mês, o que se verifica é um aumento no número de ouvintes favoráveis à reforma tendo em vista que o placar dos contrários sempre foi bem maior.

Não se trata de pesquisa quantitativa, nem enquete e nem de qualquer outro mecanismo de apuração de audiência. Mas de percepção que, no meu entender, é o que há de mais valioso para a compreensão da comunicação de massa no ambiente social. É uma espécie de pesquisa qualitativa (método de investigação de base linguístico-semiótica). Por isso dou valor ao que verifiquei hoje.

O que é percebido

O âncora do Jornal da Ipanema, José Roberto Ercolin, estuda o tema e afirma que existe equilíbrio nas contas da Previdência  e não é necessária a reforma. Lippi disse que estudou o tema, fez curso no congresso sobre a questão e está convencido de que sem reforma vai faltar dinheiro para pagar os aposentados no futuro.

Em que pese os contra e os a favor da reforma demonstrarem números que lhe dão sustentação para seus argumentos em cada embate ou debate o que começa a ser percebido é que a Reforma da Previdência quer igualar com um teto máximo de R$ 5.5 mil todo aposentado no Brasil pela previdência do governo o que inclui políticos, juízes, funcionários públicos. Ou seja, quem quiser ganhar mais do que isso terá de fazer uma previdência particular. Isso faz com que o brasileiro se mostre favorável à reforma. Porém, quando entra em debate o tópico idade mínima para se aposentar (65 anos) aumenta o número de pessoas que pensam duas vezes e pensam que o melhor é não mexer nesse assunto.

Haverá votação

O fato é que os deputados vão enfrentar a Reforma da Previdência. Imagino que ainda nesse ano. E o sorocabano Vitor Lippi já decidiu votar por sua aprovação e, mais que isso, não se cansa de explicar os seus motivos e de que essa reforma beneficia os menos favorecidos e não os ricos. “A comunicação do governo é péssima, quando ele conseguir explicar ao cidadão comum o que é que está sendo aprovado tenho certeza que a maioria será favorável”, explicou Lippi.

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