Assim que o diplomata Ernesto Araújo foi anunciado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro como futuro ministro das Relações Exteriores, começou uma enxurrada de críticas pela escolha. A mais severa é sobre à guinada à direita que a diplomacia brasileira deverá ter sob o seu comando. Nas redes sociais, o texto pelo qual o novo ministro ficou mais conhecido entre os servidores do Itamaraty passou a circular de maneira insistente. Nele, intitulado Trump e o Ocidente, Araújo rende ao longo de 36 páginas aplauso ao mandatário dos Estados Unidos, a quem vê como uma espécie de cavaleiro cruzado pelo resgate da identidade do Ocidente no mundo moderno.
Mas a escolha foi motivo de particular decepção a um sorocabano: o médico radiologista Vinicius Rodrigues, 30 anos, alcançou posição como primeiro suplente a deputado federal em São Paulo pelo PSL (Partido Social Liberal), com um expressivo total de 25.907 votos.
Ele vivia a expectativa de que Bolsonaro chamasse o Príncipe Luiz Philippe de Orléans e Bragança, cientista político, ativista, empresário brasileiro, eleito deputado federal para o cargo. Assim, Vinícius ocuparia a cadeira na Câmara Federal.
Há chance de algum outro parlamentar ainda ser chamado para o cargo de ministro, porém a maior estava sobre o príncipe.
Se há dúvida sobre o que pensa o suplente sorocabano, basta ver a foto que ele usa nessa foto com a estampa de Margaret Thatcher, a chamada Dama de Ferro,, amada e odiada, considerada a governante que colocou o Reino Unido nos eixos do ponto de vista econômico por ser adepta e praticante do liberalismo.