Está com os dias contados a história de uma marca mundialmente conhecida e a industrialização de Sorocaba.
Com duas unidades no Brasil, uma em Sorocaba e outra em Suape, região de Jaboatão em Pernambuco, a Campari decidiu fechar a unidade local, onde está presente há mais de 30 anos.
A data fatal é junho e apenas uma mudança radical no cenário poderá impedir o fim da operação na cidade.
Oficialmente não há pronunciamento da direção da empresa.
O zumzumzum sobre o fechamento começou com os funcionários (hoje a unidade possui cerca de 200 profissionais) e com o descuido do prédio da unidade (o famoso Castelinho na região da Vila Rica, na junção do pontilhão que unes as avenidas São Paulo e Carlos Reinaldo Mendes) sempre tido como exemplo.
A crise é apontada como motivo, mas a relação da empresa com o Nordeste, onde a Campari possui um público fiel na região, além de incentivos do governo de Pernambuco levaram a Campari a deixar São Paulo. Ou seja, Sorocaba é vítima na guerra fiscal entre os Estados brasileiros onde um governo concede incentivos para atrair indústrias (e empregos), como o caso de Pernambuco, e outros não, como o caso de São Paulo.
A marca fez 150 anos em 2008 e nas garrafas de Campari daquele ano a empresa colocou um selo de fabricação em Sorocaba. Mas desde 2016 vem investido pesado no Nordeste quando no final daquele ano registrou um aumento das vendas em 14%.
O Campari, uma bebida muito conhecida no mundo inteiro, é obtida pela infusão de sessenta ingredientes, combinados e macerados num malte de água destilada e álcool (bebida misteriosa: a formula secreta ainda obedece a composição original de quando foi criada). É uma marca italiana, criada por Gaspare Campari entre os anos de 1862 e 1867. Pertencente ao grupo homônimo que se tornou um gigante do setor, presente mundialmente.
FOTO: Na imagem, que tirei de um vídeo do Grupo Campari, mostra a produção na fábrica de Sorocaba com novo rótulo comemorativo de Campari em 2017