MDB fecha pela cassação de Crespo. Algo bem estranho está por trás disso

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A vereadora Cíntia de Almeida, presidente do diretório municipal do MDB, até a madrugada de terça para quarta-feira estava trabalhando para angariar votos a favor do prefeito Crespo na votação de amanhã.

O vereador Fernando Dini, presidente da Câmara de Vereadores de Sorocaba, dava indicativos de que o seu partido, o MDB, deixaria em aberto o voto de cada um, e em entrevista à rádio Cruzeiro FM (92,3Mhz), na manhã de terça-feira, disse: “não podemos tirar um prefeito a fórceps do poder, só porque não gostamos dele”.

Amanhecida a quarta-feira, véspera do dia D, o MDB fecha questão pela cassação do prefeito?

Há algo bem estranho por trás disso.

Mais estranho ainda porque Jaqueline Coutinho, a vice-prefeita, está na dela, ou seja, não negociou com ninguém a favor do cargo de prefeito lhe cair no colo.

Uma pessoa, que conhece bem os bastidores do MDB, me disse o seguinte: “Tô achando que inverteram os dominós… Antes tinha que derrubar Jaqueline para depois derrubar o Crespo. Tô achando que agora é inverso, derruba o Crespo e depois a Jaqueline para o Dini ser prefeito.”

Há lógica nesse raciocínio, uma vez que na reunião do partido, na manhã de hoje, Dini disse ser favorável à cassação do prefeito porque “se ele não obedecer o partido fica sem legenda”. A decisão de cassar o prefeito, portanto, partiu do comando do diretório estadual do MDB.

Importante frisar que a orientação do MDB nem sempre foi cumprida. Não foi na cassação de 2017, não foi na votação que absolveu a vice da cassação há duas semanas, o que leva a crer que dois seis votos do partido, pelo menos 1 ou 2 poderão ser contrário à orientação do diretório estadual.

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