Morre fundador da profissionalização do combate à corrupção no país

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Claudio Weber Abramo – falecido na noite de domingo na cidade de São Paulo, aos 72 anos de idade, vítima de câncer no intestino com o qual lutava há dois anos – é um exemplo de várias práticas de boa conduta. Filho de Cláudio Abramo (exemplo da ética em jornalismo), ele não viveu à sombra do pai, como poderia ter feito. Fez a sua história e deixou o seu legado como um dos criadores da ONG Transparência Brasil, referência no combate à corrupção nas instituições públicas do Brasil, por profissionalizar o acesso aos dados públicos de impostos, gastos e contratos.

Jornalista de formação, bacharel em Matemática pela USP e mestre em Filosofia da Ciência pela Unicamp, ele foi um dos principais articuladores da Lei de Acesso à Informação, aprovada em 2011.

Entre tudo o que se ouviu sobre Cláudio Weber Abramo, seguramente, o que resume sua vida pública é: ele será sempre uma inspiração para quem luta pela democracia, pela transparência e pela aplicação correta dos recursos públicos no Brasil.

Em que pese os avanços registrados no país a partir da luta idealizada e praticada por Cláudio Weber Abramo, ele, na minha interpretação, morre frustrado em ver que ainda há uma cultura a ser mudada para, quem sabe, só então se mudar essa relação dos representantes da sociedade com o dinheiro dessa mesma sociedade.

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