Não é apenas longe de nós que a intolerância se acirra. Aqui também crescem as agressões

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O sorocabano Flávio Amary, presidente do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), ocupou a coluna O Deda Questão no Jornal da Ipanema (FM 91,1Mhz) para explicar a sua participação no processo de convencimento dos deputados indecisos na semana de votação de impeachment na Câmara federal. Reproduzi aqui no blog a entrevista dele e o professor João José Negrão, militante do PT em Sorocaba, publicou no espaço comentário: “Golpista pai e golpista filho…”. É a lembrança do mantra do PT que o impeachment é golpe e o pai é Renato Amary, ex-deputado e ex-prefeito de Sorocaba. O gestor ambiental Fernando Petermann, decidiu combater João Negrão: “Golpista é o cara que se perfaz de professor e não sabe ministrar uma aula. Só frequentei suas aulas por imposição da Uniso. Vai pra Cú…ba xarope”. João Jose Negrão rebate: “Acho que além de mim, os professores de Língua Portuguesa também não sabiam. ‘Se perfaz de professor’ quer dizer o quê, exatamente? Me parece que o problema, mesmo, era o aluno…”. Fernando Petermann engrossa: “Quer dizer que você não representa nada, nem ninguém, e como professor é um “ENROLEIXAM, falando um EMBROMEIXAM”… vai prá CÚ…ba 30 reais e um pão com mortaNNNdela”.

Marco Antonio, assessor parlamentar na Câmara federal, decidiu entrar no debate: “Professor João Jose Negrão… olha o nível dessa pessoa que nivela tudo por baixo e sem argumentação política. Não perca seu tempo. Essa gente tem como único mote, apenas seu eterno ódio ao PT. Lamentável, mas assim como 64, a história será implacável com os golpistas”. A partir dai Aline Rufino e Antônio Pimentel, outros leitores, destilaram agressões assustadoras.

Os casos de intolerância e agressão estão apenas se acumulando. Lá atrás grafitaram morte ao apresentador Jô Soares porque ele entrevistou a presidente Dilma. Um grupo agrediu verbalmente, de madrugada, o jornalista Juca Kfouri. Ministros e ex-ministros do PT sofreram constrangimentos em locais públicos. A mais recente manifestação de intolerância envolveu o ator Zé de Abreu e um advogado num restaurante. O advogado xingou ele e a esposa e Abreu reagiu com um cuspo. O caso virou atração do Domingão do Faustão e mais intolerância se viu. Nas redes sociais crescem acusações, críticas e pedidos de boicote contra Faustão por ter dado espaço ao ator. Ou seja, o que me preocupava quando Dilma ganhou a eleição apenas piorou. Não vejo ninguém interessado em reconciliar a paz no convívio. Ao contrário.

Reproduzo abaixo um diálogo com um amigo querido no wattsapp. Explica bem o que penso e como ele vê em Lula a culpa desse acirramento de ânimos.

Amigo: Posta vídeo com fala de Lula. E tece críticas ao ex-presidente.

 

Deda: Espero que pessoas inteligentes cultivem tolerância. Do contrário a colheita será de intolerância.

 

Amigo: Muito filosófico Deda. Quem alimenta isso tudo é este imbecil (Lula), são artistas subversivos, intelectuais que acham bonito ser comunista e jornalistas que buscam o sensacionalismo.

 

Deda: A diversidade e a divergência. O contraditório e o fora do senso comum. O feio e o estranho. Tudo isso não significa nada? O que fez dele um imbecil, de repente? Volto a dizer: se a gente plantar batata vai colher batata. Depois ninguém entende a dificuldade de entendimento de palestinos e israelenses. Há o contrário. Pense nisso.

 

Amigo: O desentendimento entre palestinos e judeus é religioso e histórico. Agora aguentar este imbecil tentando incitar a população contra a ordem, e ainda pintar de bonzinho. Grandão ladrão. Deveria estar preso.

 

Deda: O que fala um palestino de um israelense e vice versa é o mesmo. Um acha o outro ladrão. E desafio qualquer um a dizer que qualquer outro político seja menos ladrão que o Lula. A questão é que roubar um palito ou a floresta é o mesmo. Enfim, sem interesse não há paz.

 

Amigo: Desculpe Deda, mas por mais bom senso e tolerância que se possa ter, não se pode aceitar que o Lula continue a vociferar como faz.

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