A Organização da Parada LGBT de Sorocaba , Coletivo Rosa Lilás e Grupo Mandala vai se reunir com o prefeito Pannunzio nesta quinta-feira (20/08). A reunião está agendada às 15h30 na sede da Prefeitura de Sorocaba e tem o objetivo de apresentar políticas públicas LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Travesti) que eles gostariam de ver implantadas na cidade e serão defendidas durante a 10ª Parada do Orgulho LGBT de Sorocaba marcada para o próximo domingo (23/08) a partir do meio-dia com concentração na na Praça Frei Baraúna (Fórum Velho), rumo ao Campolim.
Em artigo publicado nas redes sociais, a Organização da Parada LGBT de Sorocaba , Coletivo Rosa Lilás e Grupo Mandala exige da Prefeitura Municipal de Sorocaba o seu comprometimento na execução dessas propostas em respeito a comunidade LGBT.
As 7 propostas servem também para que cada um de nós possa cobrar ações reais de nossos representantes políticos. O comprometimento que exigimos não é um pedido por privilégios, mas sim, uma exigência por igualdade de direitos humanos também para as pessoas LGBT.
Essas 7 políticas públicas são urgentes, pois sem elas Sorocaba vai crescer sendo:
– Uma cidade que não respeita a identidade das pessoas trans
– Uma cidade que impede que os professores ensinem seus jovens a combater violências geradas pelo machismo e pelas trans-homo-lesbo-bi-fobias
– Uma cidade que muito pouco se abre ao diálogo e incentiva a militância LGBT
As 7 propostas são:
- Vetar o Projeto de Lei transfóbico 126/2015: Do vereador pastor Irineu Toledo (PRB) proíbe transgêneros de usar banheiros, uniformes, vestimentas ou demais elementos de indumentária de acordo com a sua identidade de gênero nas escolas da cidade;
- Tornar obrigatório o uso do nome social: Em todos os serviços públicos municipais, homens e mulheres trans devem ser tratados com seus nomes sociais e não os de registro;
- Usar o Plano Municipal de Educação (PME): construído democraticamente em plenárias
Respeitando o texto base que incluía o debate de diversidade sexual e de gêneros nas escolas entre muitas outras metas importantes que foram excluídas ou manipuladas pelo novo texto;
- Criar um Conselho Municipal LGBT: Composto por representantes dos grupos militantes da cidade, sociedade civil em geral, OAB e poder público;
- Criar um Centro de Referência LGBT: Que ofereça apoio jurídico, psicológico, de saúde e de moradia temporária para pessoas em situação de vulnerabilidade e risco;
- Preparar o serviço do PAT para atender a comunidade LGBT: O Posto de Atendimento ao Trabalhador de Sorocaba deve ser treinado e sensibilizado para atender a comunidade LGBT de forma adequada, em especial as pessoas trans, além de capacitar essas pessoas para o mercado de trabalho por meio de cursos e programas de inserção junto ao comércio e indústrias da cidade;
- Incentivar a militância dos grupos LGBT: Oferecendo os canais de comunicação públicos para veiculação das pautas LGBT como busdoor, TVs dos terminais, mídias oficiais, assim como em sua comunicação interna e campanhas institucionais; e oferecendo espaços com estrutura para realização de debates e outros eventos culturais.