João Leandro da Costa Filho, presidente do diretório municipal do PSDB, tem dado expediente na casa onde funcionava o escritório político do então deputado federal Pannunzio desde que ele deixou o cargo de secretário de Governo em razão do prazo eleitoral de quem pode ser candidato na eleição de outubro. E o movimento de políticos no local é grande na última semana. Para se ter uma idéia apenas na tarde de terça-feira João Leandro recebeu para um bate-papo e levou até a Padaria Real no centro, que é próximo ao escritório, o vereador Gervino Cláudio Gonçalves (PR), o vereador Jessé Loures (PV), Serginho Cardoso (coordenador metropolitano do PSC) e Hiran do PRP. O clima é de tensão. Todos falaram que a indefinição do nome do candidato tucano está empurrando os militantes desses partidos (cerca de 150 candidatos a vereador) para um acordo com Hélio Godoy, pré-candidato a prefeito pelo PRB.
No último encontro do partido, na condição de presidente da legenda, João Leandro engrossou a voz e o discurso em relação a indefinição da candidatura. O deputado federal Vitor Lippi, que é o mais pressionado de todos para que aceite ser candidato, fez de conta que o discurso de João Leandro não era com ele e se manteve firme no propósito de não ceder. Ainda haverá pelo menos mais uma pressão sobre Lippi, mas na prática o diretório já não conta com ele. A questão passou a saber qual será o nível de envolvimento dele na campanha de quem vier a ser escolhido. João Leandro, assessor de Pannunzio há 20 anos, não será candidato, ganham força os nomes dos vereadores Martinez e Anselmo Neto e aquela situação que parecia descartada, de Pannunzio não ir para a reeleição, volta a ser considerada.
Ou seja, de verdade o PSDB não sabe quem será o candidato.