Renato Amary e Alexandre Robim entregam a carta de desfiliação deles do MDB, confirmando zumzumzum sobre a troca do presidente do diretório local do partido. Agora é saber se haverá a debandada de vereadores

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O zumzumzum nos bastidores políticos de que Renato Amary iria deixar o MDB se transformou em realidade nesta terça-feira. Junto de Alexandre Robim (chefe de gabinete do prefeito Crespo), ele entregou sua carta de desfiliação da legenda. As razões são pessoais e, agora, criam um novo zumzumzum: para onde vai Renato Amary? A primeira hipótese, até em razão da ligação pessoal que mantém com o deputado Arnaldo Jardim, é de que ele siga para o PPS.

Renato Amary não quis dar entrevista. Se surpreendeu com a informação e quis saber quem tinha me falado sobre essa sua decisão. Obviamente que mantive minha fonte sob sigilo. Ao final, Renato concordou apenas em confirmar que havia se desfiliado, que Robim também havia se desfiliado. Não quis falar sobre o futuro, sobre desavenças, sobre decepções: “é questão de ordem pessoal, a amizade com o Temer continua a mesma, minha relação com o prefeito Crespo não muda em nada e vou apenas descansar”. Pode até ser que isso aconteça, mas será por pouco tempo, a política faz parte do político.

Fernando Dini

O vereador Fernando Dini, eleito em 2016 para o seu segundo mandato na Câmara de Sorocaba e atualmente exercendo o cargo de secretário de Segurança e comandante da Guarda Civil Municipal na gestão do prefeito Crespo, em entrevista ao Jornal Ipanema (FM 91,1Mhz), na coluna O Deda Questão, confirmou que sabia que falam que ele teria puxado o tapete de Renato Amary, da presidência do diretório municipal, mas enfatizou que nunca reivindicou nada no sentido de trocar o comando do partido e nunca fez interferência alguma nas decisões tomadas pelo MDB. Porém, deixou claro que é um soldado da legenda e está pronto para outros desafios, como por exemplo, assumir o comando local da legenda se for mesmo destituído o atual comando.

Hudson Pessini

Ontem, segunda-feira, quem concedeu entrevista ao Jornal Ipanema (FM 91,1Mhz), na coluna O Deda Questão, foi o líder da bancada de vereadores do MDB na Câmara, Hudson Pessini. Ele disse que esteve em São Paulo, no diretório da executiva, querendo saber o que estava acontecendo em relação ao diretório municipal, sobre Renato Amary e qual a reação se houvesse uma debandada de vereadores.

Segundo ele, ficou claro que o diretório estadual tem respeito grande pelo comando de Renato Amary, que o desejo da executiva estadual é que Sorocaba lance candidato a deputado estadual e federal (serão respectivamente os vereadores Fernando Dini e Vitão do Cachorrão) e que o zumzumzum sobre intervenção no diretório sorocabano não passou disso, zumzumzum: “É como se este assunto nunca tivesse existido”, afirmou Hudson Pessini.

Há instantes, porém, Renato deixou o MDB.

E agora?

Se Renato Amary deixasse o MDB, os vereadores da legenda (Hudson Pessini, Péricles Régis, Vitão do Cachorrão, Hélio Brasileiro; além dos suplentes Rafael Militão, suplente de Dini que está como secretário de Segurança; e Zé Medina que está vereador porque Marinho Marte e Cíntia de Almeida estão como secretários) deixariam o partido. Essa era até a semana passada a conversa nos bastidores.

Mas o risco de perder o mandato deverá fazer com que cada um reveja essa posição.

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