O início das obras para ampliar a maior ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) de Sorocaba foi marcada por uma cerimônia pública na manhã de sábado passado (10 de março), comandada pelo prefeito Crespo e pelo diretor-geral do Saae (Serviço Autônomo de Água e Esgoto), Ronald Pereira da Silva e que contou com a presença de Renato Amary (que quando prefeito deu início à despoluição do rio Sorocaba, há 20 anos) e de apenas três dos 20 vereadores da Câmara de Vereadores de Sorocaba: Wanderley Diogo, Vitão do Cachorrão e Rafael Militão.
Nada justifica a ausência, em peso, da Câmara de Vereadores de momento tão importante da vida da cidade. A presença dos vereadores não é para dar prestígio ao prefeito ou à sua administração, mas de reconhecer que tratar o esgoto em sua totalidade (ao final da obra o rio Sorocaba que hoje está despoluído em 95% chegará a 98%) é a maneira mais honesta e justa de devolver à sociedade o dinheiro dos seus impostos.
Cada ausente deve ter uma boa razão para não ter ido no sábado, obviamente. Mas fica a provocação para que pensem se o motivo, verdadeiramente, valeu a pena.
O que vai acontecer
A reforma e ampliação da ETE Sorocaba 1 (ETE S1), que também ganha a capacidade de tratar com eficiência toda a crescente demanda de esgoto prevista para ser gerada até 2030, vai devolver ao rio Sorocaba o efluente mais limpo do que exige a legislação..
Assim que as obras forem concluídas, em 2020, serão 26 toneladas diárias de carga orgânica retiradas do esgoto que chega à ETE S1, contra as atuais 20 toneladas: é esgoto transformado em efluente 30% mais limpo do que agora vai para o rio Sorocaba. “Estamos devolvendo parte do dinheiro do imposto pago pela população em mais qualidade de vida para a sociedade”, declarou o prefeito Crespo.
A ETE S1 trata o esgoto gerado por uma população estimada hoje em 200 mil pessoas, que vive em bairros da região central, Zona Sul e Zona Leste de Sorocaba. A ampliação é de responsabilidade do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae-Sorocaba), uma autarquia da Secretaria de Recursos Hídricos da Prefeitura de Sorocaba. Após a reforma, a remoção da carga orgânica vai superar os 90%. Também vai elevar a capacidade de tratamento do volume (vazão) em 13%.
Para a realização dos trabalhos, o Saae-Sorocaba contratou, por concorrência pública, uma construtora. O investimento é de R$ 59,2 milhões. São R$ 38,9 milhões liberados pelo Ministério das Cidades, a fundo perdido (sem necessidade de reposição); R$ 20,3 milhões em financiamentos do Banco do Brasil e R$ 2 milhões em contrapartida do Saae-Sorocaba.
A ampliação está prevista para ser entregue em meados de 2020. O diretor-geral do Saae-Sorocaba, Ronald Pereira da Silva, ressaltou o início do trabalho de despoluição do rio Sorocaba, feito pelo então prefeito Renato Amary, e falou sobre os atuais 95% e do trabalho para tratar 100% de todo o esgoto de Sorocaba.
Para a liberação dos recursos financeiros junto ao governo federal, José Crespo ressaltou a importância do secretário de Recursos Hídricos, Alceu Segamarchi, e do empenho do diretor-geral do Saae-Sorocaba, Ronald Pereira da Silva. Além do próprio prefeito, eles atuaram diretamente para a liberação do recurso federal, o que possibilitou agora o início das obras. Simbolicamente, o prefeito Crespo deu a partida no motor da escavadeira da Construtora Augusto Velloso S.A que executará as obras e solicitou ao operador do equipamento que iniciasse a escavação no local demarcado.
A placa de início das obras foi descerrada pelo prefeito José Crespo, em companhia do ex-prefeito e ex-deputado federal que deu início aos investimentos de despoluição do rio Sorocaba, Renato Amary; do secretário de Recursos Hídricos, Alceu Segamarchi; do diretor-geral do Saae-Sorocaba, Ronald Pereira da Silva; do presidente do conselho superior da Fundação Ubaldino do Amaral, Laelso Rodrigues; e dos vereadores Wanderley Diogo, Vitão do Cachorrão e Rafael Militão e do diretor-proprietário da empreiteira que realizará a obra, Ricardo Velloso.
Durante a cerimônia, foi homenageada a memória de um dos mais importantes colaboradores do Saae-Soracaba, Roberto Domingues. Ele trabalhou no almoxarifado do Saae-Sorocaba e faleceu há quatro anos. As honrarias foram prestadas à viúva Joana Leite Domingues, de 64 anos, e ao filho Roberto Alexandre Domingues, de 38 anos.