Não há nada de ilegal, imoral ou antiético nos dias em que o secretário da Saúde, Rodrigo Moreno, está fora da Prefeitura de Sorocaba. Ele, antes de se ausentar do serviço, enviou ao secretário de Recursos Humanos, Marinho Marte, comunicado dizendo que estará fora entre os dias 30 de junho e 7 de julho e pede que seja descontado esses dias dos seus vencimentos. A imagem do documento eu publico aqui.
Em que pese a enxurrada de opiniões, críticas e manifestações, a decisão de Rodrigo Moreno é exemplar do ponto de vista legal, moral e ético. Sua ausência foi preparada e os programas da sua pasta seguem conduzidas pelo secretário-adjunto. Secretário não é funcionário de carreira, tem data marcada para sair do serviço e encaro como missão de quem abre mão, por um período, de sua carreira pessoal para servir a um projeto político e de governo escolhido pelo eleitor. Não fosse isso, nem secretário deveria existir, bastaria colocar um servidor de carreira no cargo. Mas isso significaria outro regime e não este que está em vigor.
Rodrigo Moreno foi se encontrar com sua filha. Ponto. Qualquer outra situação extrapola a intimidade do homem público e, portanto, não é do interesse de ninguém.
Obviamente que o mais fácil, se eu tivesse a intenção de agradar alguém e não perseguir os fatos como eles são, seria atacar pedra nesta e outras situações imilares. Mas, repito, meu compromisso é contar o que o secretário foi fazer: sua filha fez 15 anos e ele foi se encontrar com ela sem custo algum ao erário público.