Sindicato dos Médicos critica avanço da gestão compartilhada

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A Prefeitura de Sorocaba anunciou a intenção de implantar na cidade o seu Plano de Gestão Compartilhada dos serviços de Urgência e Emergência (UPH e PA) além das especialidades do Município (Policlínica) com o objetivo de direcionar os servidores concursados para a rede básica de atendimento e transferir os demais setores para a iniciativa privada.

O fato, desde então, virou uma batalha entre a administração municipal e o Sindicato dos Médicos. A Justiça reconheceu o direito da prefeitura por essa sua opção e isso vem sendo gradativamente colocado em prática. A última ação nessa direção foi a habilitação das empresas interessadas em fazer esse serviço a ser terceirizado.

E, novamente, Eduardo Luís Vieira, presidente do Sindicato dos Médicos, sai em defesa da categoria, tecendo críticas. Leia a íntegra de seu posicionamento:

O que diz o sindicato

Gostaria de manifestar-me sobre a publicação no Diário do Município das entidades qualificadas para prestar o atendimento à saúde (terceirização).

Neste momento, quando uma desastrosa terceirização feita pela prefeitura com o CIES-Global está sendo alvo de uma CPI na câmara de vereadores, os sorocabanos foram surpreendidos com a publicação no Diário do Município das empresas qualificadas para a gestão terceirizada da policlínica e Unidades de Pronto Atendimento.

Parece que a administração tem a ideia fixa na terceirização e o céu prometido por essas empresas está nos seus nomes, tais como Desenvolvimento Social e Humano, Apoio à gestão à saúde, educação e saúde, esperança, apoio à medicina e à saúde pública, qualidade urbana e ambiental, cidadania, diretrizes, uma visão para o futuro, plural, nomes de santos, nomes de outros municípios e também o Caminho de Damasco. Ou seja, essas entidades no seu próprio nome prometem tudo aquilo que deveria ser a responsabilidade do prefeito: fazer a gestão, apoiar a saúde e a educação, dar qualidade urbana e ambiental, promover a cidadania, dar diretrizes e uma visão para o futuro. E dar esperança (!). Sem isso tudo que está sendo terceirizado, Sorocaba fica órfã e à mercê dessas entidades que mal conhecemos, que vêm para faturar e depois nos abandonarão. É isso que queremos?

PS: A APGP, que ainda não pagou as pendências trabalhistas devidas aos funcionários do Hospital Vera Cruz, também foi qualificada.

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