RENATO AMARY
Passei a segunda-feira ouvindo que o Renato Amary havia desistido de apresentar seu nome como candidato do PMDB para prefeito de Sorocaba. Foram diferentes justificativas envolvendo desde questão pessoal até jurídicas. Liguei para ele no final da tarde e ouvi o mesmo cara de humor peculiar que acompanho há vinte anos na vida pública: de novo com isso? Vocês da imprensa só me procuram para falar disso e de questões do passado. Sou pré-candidatíssimo a prefeito de Sorocaba há 300 dias. Nada mudou. Quando perguntei o motivo desse assunto ter voltado com tudo nesta segunda-feira, ele me deu uma explicação antropológica: por que o povo gosta de um fofoca. Não tem nada de novo. Sigo com minha candidatura hoje do mesmo que sigo desde que coloquei meu nome à disposição do PMDB. Antes de delisgar, um lembrete: viu, quando vocês (imprensa em geral) enjoarem de falar do passado, estou disponível para falar do futuro de Sorocaba, do que é possível fazer pela cidade e de como dá para melhorar a vida do sorocabano independentemente da situação econômica do país. Eu respondi que vai chegar a hora disso, na campanha.
NOVELA TUCANA
O mesmo aconteceu do lado tucano. Logo cedo, após entrevista na rádio Cacique, muita gente entendeu que Vitor Lippi havia dito que Maria Lúcia Amary seria a candidata do PSDB a prefeito de Sorocaba. Eu mesmo liguei para ela e ela me disse que não há definição alguma. Na noite dessa segunda-feira haveria nova reunião e que, provavelmente, terminaria sem uma definição.
Ouvi que Maria Lúcia Amary e Vitor Lippi teriam preferência pelo nome do vereador Anselmo Neto. Ele me disse que ninguém conversou com ele a respeito de uma candidatura sua a prefeito. Perguntei se ele toparia e ele disse que sim desde que tivesse a aprovação geral do partido, fosse aclamado para ser o candidato tucano.
O nome de João Leandro da Costa Filho, secretário de governo e braço direito do prefeito Pannunzio de quem há 20 anos é assessor, é dado como certo senão para prefeito, ao menos para vice. Ele se comportou como a esfinge que sabe ser, ou seja, pode ser ou não o candidato.
Ouvi ainda que haveria uma última tentativa para que Vitor Lippi, que já disse em público e em reservado no partido de maneira oficial, que não quer ser o candidato, a mudar de idéia. Ou seja, haveria um último esforço de fazê-lo candidato a prefeito. Quem sabe? Para fazer isso, mais do que refazer sua decisão pública ele terá de transpor a decisão familiar que pediu para ele se resguardar e não ser candidato a prefeito.
Ainda estão no páreo o médico Francisco Antônio Fernandes, o Chicão, secretário municipal da Saúde, e o empresário Paulo Flávio que se filou ao PSDB no último prazo, em abril. Conversei com Paulo Flávio e ele me disse que aceitou entrar no partido para contribuir com ideias para uma Sorocaba melhor, para colaborar com o nome que for escolhido candidato, e que nunca ele quis e ninguém sugeriu que ele fosse candidato a nada nesta eleição e que ele não será candidato a nada.
Por fim, ouvi também que o prefeito Pannunzio, como permite a lei, será candidato à reeleição. Ai fui até a prefeitura e conversei pessoalmente com o prefeito que me recebeu para um café em sua sala. Lá ele me disse: de todas fofocas, especulações, conjecturas e reuniões nos bastidores políticos da sucessão municipal só há uma certeza: eu não sou candidato à reeleição.
PRÉ-CANDIDATOS
Enquanto a polarização PMDB e PSDB se mantém, outras quatro candidaturas estão sacramentadas em Sorocaba e entendo que nada vai acontecer que mudará este quadro. Ou seja, além Renato Amary, do candidato tucano, estarão nas urnas em outubro Glauber Piva (PT), Raul Marcelo (PSOL), Laerte Molleta (PEN) e Hélio Godoy (PRB). Anunciaram a vontade de se candidatar, mas não ganharam musculatura, Fernando Oliveira (PSDC), Cláudio do Sorocaba 1 (PR) e Flávio Chaves (PSC). Mas ainda há tempo, afinal as convenções ocorrem entre os dias 5 de julho e 5 de agosto.
Esse é o resumo de momento do quadro sucessório municipal.