Votos dado pelo sorocabano ao candidato a prefeito do PSDB no último domingo é equivalente ao índice de aprovação do governo Pannunzio. Votos potenciais dos eleitores que classificam como regular a atual administração não foram conquistados

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jlcomlippiA pesquisa Ibope encomendada pela TV TEM, que foi a campo entre os dias 29 e 30 de setembro e entrevistou 602 pessoas, mostra dados que ajudam a entender o momento pelo qual passa a política sorocabana, em particular, o resultado da eleição de domingo passado.

O Ibope/TV Tem perguntou ao eleitor sorocabano como ele classifica a administração do prefeito Pannunzio em dois momentos, na primeira quinzena de setembro e depois nos últimos dois dias de setembro. E as respostas foram estas: Quem disse Ótimo subiu de 1% para 2%; Quem disse Bom subiu de 7% para 8%; Quem disse que o governo é Regular caiu de 31% para 21%; Quem afirma que o governo é Ruim subiu de 15% para 16%; e Quem considera Péssimo o governo municipal pulou de 43% para 51%. Os mesmos 2% dos sorocabanos Não Souberam responder.

Além disso, na primeira quinzena e nos últimos dois dias de setmebro, o Ibope/TV Tem também perguntou se o eleitor sorocabano aprova o governo Pannunzio. E as respostas foram: Aprova caiu de 18% para 15%. Não Aprova subiu de 76% para 80%.

A primeira leitura desses números permite que se interprete que o candidato a prefeito do PSDB, João Leandro, que terminou em 3º lugar (deixando Crespo e Raul Marcelo no 2º turno), obteve na urna (13,47% dos votos válidos) um índice equivalente ao dos eleitores que aprovam o governo Pannunzio (15%).

A segunda leitura desses dados também permite dizer que a campanha de João Leandro não foi capaz de conquistar os votos daqueles 21% (últimos dois dias de setembro) ou 31% (índice da primeira quinze de setembro) que classificam o governo Pannunzio como Regular. Vale lembrar que 31% classificou como Regular quando a campanha eleitoral estava tendo início no Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV.

Por fim, o resultado da urna deixa evidente que a campanha de João Leandro escolheu entre as estratégias possíveis uma (colar João Leandro apenas no deputado federal Vitor Lippi) que não deu resultado. O pecado foi a campanha desprezar o modo como o eleitor raciocina, ou seja, ele quer saber como fica a cidade em relação ao que ele vê. Claro que esse é o tipo de opinião de engenheiro de obra feita, mas se (ah, esse se….) a campanha tivesse valorizado o atual governo (os que classificam de Regular que despencou de 31% para 21%) talvez a avaliação do governo tivesse sido outra (e para cima) e, em consequência, o votos em João Leandro também tivessem subido a ponto de, pelo menos, incomodar a tranquila votação de Raul Marcelo que chegou ao 2º turno com 25% dos votos contra 44% dos votos de Crespo.

Obviamente que esse exercício ajuda a entender o passado. Mas documentado neste blog, quem sabe o marqueteiro de 2020 o que aqui está escrito e cometa erros novos e não mais nenhum como os cometidos agora.

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