Como já disse anteriormente, assumo o compromisso de dar os nomes dos vereadores citados pelo Ministério Público na investigação da denúncia de que estaria havendo compra e venda de votos para a eleição de presidente e demais cargos da Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Sorocaba assim que o inquérito estiver num momento mais substancioso. Hoje o inquérito é inicial, com denuncia feita aparentemente por cidadão anônimo. A princípio entendi que se desse os nomes eu cometeria injustiça com os parlamentares sorocabanos. Agora que a Comissão de Ética da Câmara revelou os nomes, entendo que igualmente cometeria uma injustiça, mas com os leitores do blog. Meu papel não é o de matar a curiosidade de ninguém, mas de dizer quem age dentro ou fora do que diz a legislação e nesse momento isso é impossível. A Comissão de Ética se apressou em tratar os vereadores acusados como vítimas. A verdade é que os acusados não podem ser tratados nem como vítimas e nem como culpados. Pelo menos nesse momento da investigação, insisto. O promotor Orlando Bastos Filho, se não tiver uma gravação, por exemplo, para dar mais substância à sua investigação, talvez obtenha algo mais substancioso com a quebra do sigilo bancário, por exemplo, dos acusados. A verdade é que os nomes dos acusados, de minha parte, só será divulgado quando o processo andar e eu entender que não estarei cometendo injustiça, ou promovendo, o nome de nenhum dos envolvidos.
Já imaginou, caro leitor, se algum vizinho que por ventura não goste de você resolva denunciá-lo à MP por qualquer razão e que o MP entenda que isso mereça uma investigação? Infelizmente, na cultura brasileira, ser alvo do MP já é uma espécie de condenação. Por isso meu cuidado neste instante em que o inquérito é uma instrução provisória, preparatória, destinada a reunir os elementos necessários (provas) à apuração da prática de uma infração penal . Se o MP colher provas que permitam que o inquérito ande, darei os nomes. Se o MP arquivar, darei os nomes.