Designer de Sorocaba faz sucesso com charge definitiva sobre o atual clima de Fla-Flu que se vive nas ruas e redes

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O texto abaixo é do jornalista Gustavo de Almeida e foi publicado no Jornal Extra do Rio de Janeiro.

Um designer de Sorocaba, interior de São Paulo, está fazendo sucesso na internet com a charge definitiva sobre o atual Fla-Flu das redes sociais. Diante de tantas histórias em que pessoas vestidas de vermelho são agredidas, Clayton Correa, de 30 anos, lembrou que a cor nem sempre foi sinônimo de partido. “Cor de roupa não é partido” é a campanha lançada pela charge de Clayton no Facebook: “Desenhei a charge no dia 24 e sinceramente não achei que ia tomar essa repercussão, fiquei assustado com isso! Em 2 dias ela já estava com mais de 2 mil compartilhamentos”, diz.

Desde quinta-feira o post já teve mais de seis mil compartilhamentos.

Formado em Design Gráfico na Universidade de Sorocaba, ele se cansou das histórias de agressões a pessoas de vermelho e resolveu enfileirar alguns personagens: a Senhorita Belo, das Meninas SuperPoderosas, Chapeuzinho Vermelho, Monica (de Mauricio de Souza), Luluzinha e Judy, do desenho Os Jetsons: “A situação atual, mostrada pelas mídias e pelas pessoas nas redes sociais, essa violência contra quem não é a favor do seu partido, tudo isso me motivou. Onde já se viu você não poder sair de casa com uma cor de roupa que remeta a um ou outro partido por medo de represálias?”, questiona.

Clayton prefere não falar sobre preferências políticas, e sim tentar entender o cenário: “Tento entender as duas faces dessa moeda. Eu acho que a pessoa não deve ser cega por um partido político. Sabemos que dentro do plenário há políticos de todos os partidos. Achar que todo esse problema do Brasil é culpa somente de um ou outro não adianta em nada”, explica Clayton, que sempre foi influenciado por chargistas políticos e questionadores como Laerte, Angeli, Adão Iturrusgaray e Glauco (assassinado em 2008).

“Desde criança sempre pegava o jornal para acompanhar as tiras e as charges. Estes chargistas sempre me acompanharam. A charge sempre teve esse poder para falar de política, e hoje em dia ela continua mais forte, com novos grandes artistas que continuam passando esse legado adiante”, explica.

O chargista e ilustrador está sempre postando seu trabalho em sua página no Facebook, a Caoticom.

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