Para o PT, divergência entre o discurso do Estado e a percepção de professores na mudança do ensino deve ser resolvida na Justiça

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Por iniciativa do vereador Izídio de Brito (PT), foi realizada na manhã de sexta-feira (6/11), na Câmara Municipal de Sorocaba, audiência pública para discutir a reestruturação do ensino estadual. Anunciado em setembro, as mudanças preveem o fechamento de escolas estaduais, que abrigarão outras atividades, e a transformação de unidades em ciclo único. Por iniciativa do vereador Helio Godoy (PRB) outra audiência pública está marcada para hoje (10/11), às 18h, para discutir as mudanças na Rede Municipal de Ensino.

Por fim, Izídio afirmou que diante da divergência entre o discurso do representante do Estado e a percepção das entidades, não vê outra saída a não ser a realização de mobilizações. “Com tanta contradição, o único caminho que vejo é o da judicialização, para barrar essa situação”, finalizou Izídio.

Estiveram presentes o Dirigente Regional de Ensino, Marco Aurélio, os vereadores Neusa Maldonado (PSDB), Carlos Leite (PT), José Crespo (DEM) e Helio Godoy (PRB), assessores de outros vereadores e o deputado estadual Raul Marcelo (PSOL). O secretário municipal de Educação, Flaviano Agostinho de Lima, a deputada estadual Maria Lúcia Amary (PSDB) e o deputado estadual Carlos Cézar (PSB) – todos de Sorocaba – não compareceram.

Izídio lembrou que a deputada estadual, Maria Lucia Amary (PSDB), em nota encaminhada à imprensa local, afirmou que Sorocaba, assim como as cidades da região não seriam afetadas pelas mudanças. O vereador disse ainda que o secretário municipal de Educação, em audiência pública sobre o Orçamento Municipal, ao ser questionado, afirmou que não tinha conhecimento do fechamento de escolas estaduais na cidade. “A situação na cidade de Sorocaba está muito confusa. São contradições entre Estado e Município no tema Educação, assim como ocorre na Saúde”, afirmou.

Professores, vereadores e alunos criticaram a ausência de debate entre Governo e comunidade sobre as mudanças e também a falta de transparência sobre os verdadeiros motivos e finalidade da reorganização. Os presentes também questionaram o porquê do fechamento de unidades ao invés de diminuir o número de alunos nas salas de aula.

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