Os primeiros 10 minutos do episódio n°38 do podcast “Passeio pela Memória”, conversas semanais que mantenho com Sérgio Reze, que no mês que vem completa 88 anos de idade, giram em torno de uma observação de Sérgio: O número de pessoas que estão vasculhando container de lixo em Sorocaba. Vasculham, muitas vezes comem algumas coisas que acham e acabam indo embora carregando o que acharam. É pra vender? Quem compra? Se indaga Sérgio.
Dessa observação vem também uma indignação: Há um silêncio em relação a essa realidade. Um silêncio das autoridades eleitas para olhar a cidade, como os políticos, e também da imprensa que deveria fazer a vigilância do que acontece na comunidade. Mas é um silêncio só!
Não, nunca foi assim, lembra Sérgio. Nunca houve pessoas vasculhando o lixo e nem políticos e imprensa ignorando os problemas reais da sociedade. Esse momento gera angústia. Desgosto.
Na reta final da conversa, a memória de Sérgio passeia pelas famílias que imigraram ao Brasil, muitas delas chegando ao interior paulista, a partir da efeméride de 70 anos da entrega feita pela Colônia Japonesa de Sorocaba do relógio que está até hoje na bifurcação da rua Álvaro Soares com ruas 7 de Setembro e Nicolau Scarpa no Largo do Mercado. Dar esse relógio público a Sorocaba foi a forma encontrada pelos japoneses para agradecer a acolhida que a cidade deu a eles no momento em que Sorocaba festejava a celebração de seus 300 anos de fundação. A partir desse ato, Sérgio lembra da chegada de libaneses, italianos, espanhóis, judeus, alemães… que moldaram a cidade que Sorocaba é hoje.
Venha passear com a gente. Clique no link e veja o endereço para assistir essa conversa: https://youtu.be/Hw-6vD__zIk?si=8UU_IBlT4EMZ_lS0