Um trabalho escolar sobre “Violência Policial” na disciplina de Filosofia no curso de Ensino Médio na Escola Estadual Professor Aggêo Pereira do Amaral, na região da Árvore Grande em Sorocaba, despertou a Polícia Militar do Estado de São Paulo para fazer um manifestação pública em sua página de Facebook. O objetivo do trabalho, coordenado pelo jovem professor Valdir Volpato, era o de promover uma reflexão sobre o quanto a Polícia Militar viola os deveres morais, éticos e legais com ações que contrariam as leis. No foco do professor, segundo sua metodologia de trabalho, estão relatos de violência policial contra a população. A base de dados são notícias dos jornais O Estado de S.Paulo e sites de Internet UOL, Exame e Visão.
O episódio mais recente, ainda sem resposta, é a chacina ocorrida em Osasco onde dezenove pessoas foram executadas e as suspeitas recaem sobre PMs. Na terça-feira passada, em Sorocaba, o governador Geraldo Alckmin falou sobre o assunto e disse que seu governo repudia PMs que agem fora da lei. Ele informou que neste ano 400 policiais foram expulsos da corporação que possui 130 mil soldados e que essa é sua determinação para quem comete desvio de conduta.
A seguir, leia a íntegra da manifestação da PM:
“ESCLARECIMENTO E REPÚDIO
Cabe à Diretoria de Ensino, Região de Sorocaba, pronunciar-se sobre a veracidade do material e sobre a real qualidade de professor do senhor VALDIR VOLPATO.
Não queremos acreditar que, em pleno século XXI, profissionais da área de ensino posicionem-se de maneira discriminatória, propagando e incutindo o discurso de ódio em desfavor de profissionais da segurança, estimulando seus alunos a agirem sem embasamento e direcionando-os de acordo com ideologias anacrônicas, que em nada contribuem para a melhoria da sociedade.
A Polícia Militar de São Paulo e seus policiais, retratados numa infeliz charge, sempre difundida por determinados e conhecidos grupos, sempre foi e será grande defensora dos Direitos Humanos e dos deveres morais, éticos e legais da sociedade.
Estimular trabalhos apenas com pesquisas em Internet, matérias jornalísticas e material de criação confeccionados por pessoas parciais, está longe de ser uma metodologia aceitável. É preciso ter responsabilidade no processo de ensino.
A Polícia Militar está, como sempre esteve, de portas abertas a quem quiser conhecê-la e repudia a postura do infeliz professor, caso efetivamente tenha ocorrido esse erro lastimável.
CENTRO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL PMESP”