Promotor público de Sorocaba ganha no TJ queda de braço com vereador e o único político que vem sendo reeleito desde 1982 ininterruptamente perde o direito de exercer função pública. Quem será seu substituto?

Compartilhar

O prefeito Crespo trocou três secretários municipais e a ouvidora geral na tarde de segunda-feira: Mário Bastos, que ocupava interinamente a pasta de Educação e é o atual secretário de Recursos Humanos, foi escolhido para comandar em definitivo a Secretaria da Educação, deixando a pasta de RH. No lugar dele, o ex-vereador em Itapetininga Osmar Thibes assume a Secretaria de Recursos Humanos. Outra mudança foi na Saúde. O secretário Ademir Watanabe foi exonerado do cargo e quem assume é Marina Elaine Pereira, que ocupava o cargo de ouvidora geral. No lugar dela, a servidora Liliana de Jesus comandará a ouvidoria.

Mas isso tudo ficou em segundo plano diante da decisão do Tribunal de Justiça em acatar o pedido do Ministério Público e afastar Marinho Marte da função pública (portanto longe da Prefeitura e Câmara) até julgamento do caso. O acórdão saiu nesta terça e assim ele fica fora da vida pública até julgamento do cabe recurso no Superior Tribunal de Justiça. Não há efeito suspensivo.

Com a decisão do TJ, o promotor de Justiça Orlando Bastos Filho, do MP em Sorocaba, venceu a queda de braço contra Marinho Marte. É uma decisão que reforma a decisão de primeira instância que não deferiu o afastamento do secretário de Relações Institucionais e Metropolitanas da Prefeitura de Sorocaba, Marinho Marte, durante investigações que o Ministério Público faz sobre o ex-vereador, sob a acusação de que ele e um assessor “estariam obstruindo” a apuração do órgão sobre a suposta cobrança de valores (o chamado ‘mensalinho’) de assessores para suprir gastos de gabinete, fato negado pelo secretário.

O promotor designado para o caso, Roberto Livianu, aponta ser “indispensável” o afastamento do secretário e do seu assessor (que atuava na Câmara e hoje trabalha ao seu lado na Prefeitura), argumentando que, estando nos cargos, os investigados estariam “expostos a novas práticas de intimidação”. Atualmente, eles devem se manter no mínimo 100 metros afastados das testemunhas do processo, o que impede que se dirijam à Câmara, onde algumas delas trabalham.

E agora?

A pergunta que não quer é sobre o substituto e Marinho. Na Câmara, fica tudo como está, afinal os suplentes já ocupava a sua vaga. Mas e na Prefeitura, quem será o secretário de Relações Institucionais (articulação com os vereadores)?

Essa decisão ocupou a tarde toda de hoje do prefeito que manteve reunião com políticos que fazem parte de sua relação de confidência. Mas até o fechamento desta postagem (às 16h35) não havia terminado.

Comentários