Os motoristas de ônibus de Sorocaba, através do Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região, anunciaram que venceram a queda de braço com a Prefeitura de Sorocaba e conquistaram o reajuste salarial que desejavam e foi motivo de 25 dias de greve em Sorocaba. Ou seja, a greve – maior da história de Sorocaba – de nada valeu. Foi preciso que ocorresse a cassação do mandato do prefeito Crespo, que nova negociação fosse feita com a prefeita Jaqueline Coutinho e ela desse o aval para que as empresas concedessem o reajuste salarial real de 2% a partir de março de 2018, uma vez que em julho, a categoria teve garantido pela Justiça do Trabalho o reajuste de 4% referente à reposição da inflação dos últimos doze meses contados da data-base da categoria, que é 1º de maio. Bom, foi isso o que o sindicato divulgou.
Mas o ex-secretário de Relações Institucionais, durante o governo da prefeita Jaqueline, Kiko Pagliato, na coluna O Deda Questão, explicou que nada disso se concretizou. A prefeita não deu aval algum às empresas, explicou Kiko. Uma das empresas colocou a faca no pescoço da prefeita e disse que já havia se comprometido com o aumento e ela teria que ceder, mas ela não cedeu.
Diante da negativa da prefeita a empresa avisou ao sindicato que o aumento anunciado não seria honrado. O sindicato, diante do caso, ainda não se pronunciou. Oficialmente existe apenas a comemoração da conquista, nada sobre o fato dela não ter sido uma palavra dada pela empresa e não honrada.
Para o sindicato, “os trabalhadores em transporte urbano de Sorocaba conquistaram na campanha salarial deste ano aumento de 6% nos salários, sendo 4% retroativo a 1º de maio e 2% a partir de março de 2018; aumento de R$ 1,00 no tíquete-refeição a partir de novembro, o que eleva o benefício para R$ 21,00 por dia; manutenção da participação nos lucros e resultados (PLR) no valor atual de R$ 1.500,00, paga no retorno das férias, e dos demais direitos garantidos em acordo coletivo de trabalho”, divulgou a assessoria de comunicação do sindicato.
Espero, de verdade, que isso não venha significar nova greve e, mais, que o Tribunal Regional do Trabalho não demore para suas decisões.