Sindicato da Construção Civil afirma que o impeachment abre caminho para a recuperação da economia e que a construção deverá protagonizar ações para reverter o desemprego

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Assim que foi consolidado o impeachment, a assessoria do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) divulgou a seguinte nota: “A superação da crise política que tanto agravou a situação econômica do país é bem-vinda. Encerra-se a longa crise de governabilidade que agravou a recessão e o desemprego e levou o país a perder o grau de investimento.

 

Ao mesmo tempo, inaugura-se uma etapa decisiva para o encaminhamento das medidas indispensáveis à retomada do crescimento econômico. A correção do grave desequilíbrio das contas públicas, extremamente relevante, é um dos principais itens de uma vasta agenda que tem como desafios a volta do crescimento sustentado, a redução da inflação e dos juros e uma taxa de câmbio bem calibrada. Reformas como a previdenciária, a trabalhista e a tributária precisam avançar com celeridade.

 

As medidas econômicas até agora anunciadas sinalizam intenções positivas. Espera-se sua sustentação, com o apoio coeso da aliança das forças políticas e sociais que levaram ao impeachment.

 

À indústria da construção civil caberá um papel de protagonismo na retomada econômica. Diversos indicadores dão conta da melhoria das expectativas dos empresários deste e de outros setores da economia. Quanto mais cedo crescer o volume de investimentos, mais rapidamente eles se traduzirão em obras, arrecadação e emprego.

 

Para tanto, o governo precisa persistir na retomada do Programa Minha Casa, Minha Vida, mobilizando os recursos necessários para a contratação de 1,2 milhão de unidades habitacionais até 2018, bem como para a conclusão das obras já em andamento.

 

Prioridade total deverá ser dedicada a impulsionar as concessões e as Parcerias Público-Privadas, para a ampliação da infraestrutura, mediante projetos que proporcionem atratividade e segurança jurídica aos investidores.

 

As ações para o aumento da oferta de habitação e a ampliação da infraestrutura devem ser tomadas pelos governos da União, dos Estados e dos Municípios, que precisam articular seus esforços para potencializar os efeitos destas ações.

 

No setor imobiliário, são necessárias medidas para a melhoria contínua do ambiente de negócios. Entre estas, destacam-se a facilitação da concessão de crédito, devendo os bancos públicos darem o exemplo, e a desburocratização e agilização dos procedimentos de aprovação de projetos de empreendimentos, que dependem sobretudo dos Municípios.

 

Espera-se ainda que o governo se empenhe em reduzir despesas desnecessárias e trabalhe incessantemente pela elevação da qualidade dos gastos públicos, contribuindo assim para elevar o grau de confiança dos agentes econômicos.

Desfeito o principal elemento de instabilidade política com o impeachment, todas as expectativas agora estão colocadas nas medidas a serem adotadas e na capacidade do governo de trabalhar por sua rápida e eficaz implementação.

Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), o Sindicato da Construção”.

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