João Leandro (PSDB), Glauber Piva (PT), José Crespo (DEM) e Raul Marcelo (PSOL) não entregaram documentos essenciais para o registro da candidatura e sofreram pedidos de impugnação de candidatura na Justiça Eleitoral feitos pelo Ministério Público Eleitoral. A coligação Construindo um Novo Tempo, do candidato Hélio Godoy (PRB), foi a única a não sofrer pedido de impugnação até agora. Não quer dizer que não vá sofrer. O roteiro é o mesmo há décadas: O adversário (quando não um promotor eleitoral) vê a falta de um documento e pede que o candidato seja impugnado. Pronto, conseguiu a manchete de algum jornal, site, portal e se encarrega de divulgar isso à exaustão em sua rede social. O eleitor não analisa (coisa que nem os jornalistas fizeram) o pedido e, mesmo que no subconsciente, cria dúvidas sobre a integridade do candidato barrado. Mesmo que seja na lerdeza da justiça eleitoral para dizer um sim ou não definitivo. Algo mais antigo que isso?
E os primeiros programas de TV no horário eleitoral?
Pasteurizados e iguais. Todos se parecem com os “comerciais de margarina”, são famílias perfeitas e felizes. De Raul Marcelo, que tem somente 18 segundos, até Crespo que tem o mega tempo de 4 minutos e meio, a fórmula é a mesma: passar a mensagem que o candidato a prefeito é um bom cuidador da família. Se cuida da família, vai cuidar da cidade. Todos fazem um programa como se fossem os primeiros nas pesquisas de intenção de voto.
Crespo e João Leandro, são caso à parte: exageram tanto na presença de seus padrinhos que correm o risco de passar a mensagem dúbia, a de que não capazes de ser prefeito sozinho e precisam de uma muleta. Uma situação é estar junto, a outra estar na dependência. Crespo está dependente de Renato Amary e João Leandro de Vitor Lippi. Ambos podem mais que isso.
A falta de ousadia e coragem (sim, falta coragem para a verdade até o momento na propaganda eleitoral) apenas aumenta o descrédito do cidadão sobre os políticos. Sinceramente, me assusta a mediocridade e obviedade do que está posto.