Vereador exige de secretário uma postura e leva revés do promotor público que arquiva processo. Mas ele próprio não prática a exigência que fez e corre o risco de virar réu

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O vereador Crespo (DEM) fez uma a representação ao Ministério Público de Sorocaba apontando uma eventual atuação do secretário de Governo e Segurança Comunitária da Prefeitura de Sorocaba, João Leandro da Costa Filho, como advogado em processos movidos antes e depois dele ingressar no serviço público. Fato que se verdadeiro seria ilegal. O promotor de Justiça Orlando Bastos Filho mandou arquivar essa representação e ainda elogia à conduta do secretário João Leandro, desqualifica a desconfiança do vereador e assevera a conduta ilibada do secretário.

Assunto encerrado, certo?

Mas o que descubro? Que o vereador que apontou eventual atuação do secretário como advogado assinou como ele próprio como primeiro advogado ação contra ex-prefeito (cujo a extensão é a Prefeitura de Sorocaba) e pela interpretação que faço cometendo ele, sim, o crime que apontou no secretário.

Kiko Pagliato me interpelou no Jornal da Ipanema (FM 91,1Mhz) na manhã de hoje (15/02), quando dei a informação, se o vereador seria interpelado pelo secretário. Respondi que se ele tivesse ouvindo o programa ficaria sabendo do fato, uma vez que não havia tratado disso com ele. O secretário João Leandro estava ouvindo, mandou mensagem no telefone pessoal do Kiko dizendo que estava na escuta e que iria estudar o assunto para decidir se faria o mesmo com o vereador que o vereador fez com ele. Cheguei a dizer que este é um exemplo do que popularmente ficou conhecido por fariseu, pessoa que vê a lei apenas do ponto de vista do seu interesse pessoal, o famoso faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.

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