Segue em sigilo a investigação do promotor Orlando Bastos Filho sobre se houve ou não compra de votos dentro da Câmara para a eleição do dia 15 de dezembro. Mas os vereadores de oposição, especialmente Marinho Marte e Crespo, fazem questão de dizer quem são as vítimas do promotor.
Bastos requereu informações sobre os gastos dos gabinetes dos 20 vereadores de Sorocaba neste ano de 2015. O promotor acredita que poderá encontrar nessas movimentações algo que ajude ele em sua investigação. Marinho ficou irritado e disse que ele é o alvo e que o promotor pediu para ver o sigilo de suas funcionárias e que ele extrapola o seu papel de investigador. Quando anunciou a investigação, Crespo, na qualidade de presidente da Comissão de Ética, revelou o nome dos sete vereadores perseguidos pelo promotor, numa tentativa de fazer de coitados os vereadores. Novamente Crespo parte ao ataque do promotor e usando da mesma tática de Bastos, que abriu o inquérito com base numa denúncia anônima, diz que ouviu falar que Orlando Bastos ia dar aula bêbado e foi demitido da Faculdade de Direito e que também teria ouvido falar que o promotor é usuário de drogas. A princípio achei que Crespo estava tendo algum descompasso emocional, mas vejo que é estratégia dele fazer isso. Mesma visão do promotor, suponho, quando me respondeu que não tem absolutamente nada para falar disso e que Crespo não merece sua atenção.
Por enquanto, só há fervura neste caldeirão e nenhum fato. Ou seja, enquanto não concluir sua investigação o promotor não traz novidades à luz dos acontecimentos. O tempo passa, a eleição é daqui um mês e os vereadores tentam chamar o MP para brigar no terreno deles, ou seja, embaixo dos holofotes.